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Pedro Leopoldo confirma primeiro caso de febre maculosa em 2025

Homem de 48 anos foi tratado e se recuperou; mortes em outras cidades da Grande BH intensificam alerta das autoridades de saúde.

30/09/2025 às 15h30
Por: Bianca Guimarães
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Foto: laboratoriosaopaulo.com.br
Foto: laboratoriosaopaulo.com.br

A Prefeitura de Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, confirmou nesta terça-feira (30) o primeiro caso de febre maculosa registrado no município em 2025. O paciente é um homem de 48 anos, morador da zona rural, que apresentou sintomas compatíveis com a doença. Ele foi hospitalizado, recebeu o tratamento necessário e já se encontra recuperado, sem risco de vida.

Segundo a administração municipal, o provável local de infecção foi a própria residência do paciente. Diante da confirmação, a prefeitura iniciou uma campanha de conscientização voltada à população, com foco na prevenção, além de reforçar os protocolos nos postos de saúde e orientar equipes médicas para o atendimento de possíveis novos casos.

A confirmação em Pedro Leopoldo ocorre em meio à preocupação crescente com a febre maculosa na Grande BH. No último sábado (27), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) registrou a morte de um adolescente de 17 anos, morador de Matozinhos, com suspeita da doença. Amostras foram encaminhadas para análise na Fundação Ezequiel Dias (Funed), que deve confirmar ou descartar o diagnóstico.

Em Caeté, também na região metropolitana, duas mortes já foram confirmadas. A prefeitura decretou estado de emergência em saúde pública e iniciou ações educativas, especialmente em áreas rurais, para tentar conter a propagação da doença.

A febre maculosa é endêmica em Minas Gerais e causada por bactérias do gênero Rickettsia, transmitidas pela picada do carrapato-estrela. Embora os casos sejam mais frequentes durante o período de seca, entre abril e outubro, a infecção pode ocorrer em qualquer época do ano. Os sintomas incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dores musculares, náuseas, vômitos, diarreia, manchas vermelhas na pele e inchaço nas extremidades.

Especialistas alertam que a doença pode evoluir rapidamente e levar ao óbito se não for tratada de forma precoce. Entre as medidas preventivas estão o uso de roupas claras e compridas, aplicação de repelentes à base de icaridina, verificação frequente do corpo após visitas a áreas de risco e a manutenção de terrenos limpos para reduzir a presença de carrapatos.

As autoridades de saúde reforçam a recomendação de procurar atendimento médico imediato diante de sintomas suspeitos, especialmente em pessoas que frequentaram áreas rurais ou tiveram contato com animais que possam carregar o carrapato transmissor.

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