O Hospital João XXIII, referência em urgência e emergência em Belo Horizonte, já registrou 89 atendimentos relacionados a picadas de abelhas apenas entre janeiro e agosto deste ano. O número chama a atenção, já que a média mensal é de aproximadamente 11 casos. A chegada da estação mais quente e seca, segundo especialistas, tende a intensificar a ocorrência desses episódios.
O caso mais recente aconteceu no bairro de Lourdes, na região Centro-Sul da capital. Um pedestre foi surpreendido por um enxame instalado em um buraco de poste e sofreu cerca de 50 ferroadas, precisando ser socorrido. Situações como essa, de acordo com os bombeiros, tornam-se mais comuns nesta época do ano, quando os insetos buscam novos locais para formar colônias.
O tenente Henrique Barcelos, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, reforça que a população deve adotar medidas simples de precaução. “O primeiro cuidado é não mexer no enxame. Não se deve atiçar, provocar ou tentar eliminar por conta própria. Brincadeiras como jogar objetos, água ou cutucar podem gerar ataques. Se for necessário se aproximar, use roupas claras e evite ruídos altos, que também irritam as abelhas”, explicou.
O militar ainda orienta sobre como agir em caso de ataque. “A recomendação é sair imediatamente do local, correndo em zigue-zague, proteger regiões como a boca e o pescoço e procurar atendimento médico. Se a situação for em área pública, o Corpo de Bombeiros pode ser acionado pelo número 193.”
Com a expectativa de aumento das temperaturas nos próximos meses, a tendência é que os atendimentos hospitalares relacionados a ferroadas cresçam ainda mais. Especialistas reforçam que a prevenção é a melhor forma de evitar complicações, já que ataques em grupo podem causar reações graves, especialmente em crianças, idosos e pessoas alérgicas.
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