Um dos suspeitos de envolvimento no assassinato do ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Fontes, de 64 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira (17) na capital paulista. A detenção ocorreu após a Justiça decretar a prisão preventiva de dois investigados pelo crime, cometido na última segunda-feira (15), em Praia Grande, no litoral do estado.
O homem foi conduzido ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no centro de São Paulo. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, forças policiais permanecem mobilizadas para localizar todos os envolvidos. Ao todo, oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços na capital e na região metropolitana. Durante as diligências, familiares de um dos investigados também foram ouvidos, incluindo a mãe de um deles.
As apurações apontam que os suspeitos não conseguiram incendiar um dos veículos usados na ação, o que permitiu à Polícia Técnico-Científica coletar impressões digitais que auxiliaram na identificação dos autores. Segundo o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, o primeiro suspeito preso já tinha passagens pela polícia, incluindo quatro detenções por tráfico de drogas e roubo, além de registros quando era adolescente.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que a investigação terá prioridade absoluta. Ele destacou ainda que o ex-delegado não havia solicitado proteção policial e que o governo estuda implantar medidas automáticas de segurança para autoridades aposentadas que possam estar em situação de risco.
O ataque contra Ruy Fontes ocorreu logo após ele deixar a sede da Prefeitura de Praia Grande. O ex-delegado foi seguido por criminosos em uma caminhonete e atingido por disparos de fuzil. Além dele, outras duas pessoas foram baleadas: uma jovem, ferida na perna, já recebeu alta médica; e um rapaz de 19 anos segue internado após fratura causada por disparo, devendo passar por cirurgia.
O corpo de Ruy Fontes foi sepultado na terça-feira (16). Enquanto isso, unidades da Rota e do Batalhão de Choque seguem atuando para prender os demais suspeitos e esclarecer as circunstâncias da execução.
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