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Polícia revela que filho jogou em sites de apostas após matar professora Soraya

Delegada afirma que acusado acessou plataformas online no mesmo dia do crime em Belo Horizonte

17/09/2025 às 09h30
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu nesta terça-feira (16) o inquérito sobre o assassinato da professora Soraya Tatiana, de 56 anos, morta em julho deste ano em Belo Horizonte. O filho da vítima, Matteos França Campos, de 32 anos, foi indiciado por feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual. Se condenado, poderá enfrentar até 60 anos de prisão.

De acordo com a investigação, Soraya foi asfixiada no dia 18 de julho, após uma discussão dentro do apartamento onde morava com o filho, no bairro Santa Amélia, região da Pampulha. As apurações apontam que a motivação do crime estaria ligada às dívidas acumuladas por Matteos, que chegavam a cerca de R$ 200 mil, envolvendo cartões de crédito, empréstimos bancários e apostas virtuais.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Ana Paula Rodrigues de Oliveira, o acusado mantinha um padrão de vida sustentado pela mãe, exigindo recursos para custear roupas, restaurantes e carros. Ainda de acordo com a delegada, Matteos teria realizado apostas online antes e depois do assassinato. “Ele demonstrou frieza e continuou jogando mesmo após o crime”, afirmou.

No dia do homicídio, Soraya havia passado quase uma hora ao telefone com uma instituição financeira, discutindo valores cobrados em seu nome. Durante a discussão com o filho, Matteos a enforcou. Dois dias depois, o corpo da professora foi localizado embaixo de um viaduto, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A vítima estava parcialmente coberta por um lençol e apresentava apenas a parte superior da roupa.

A polícia conseguiu chegar ao acusado após identificar contradições em seus depoimentos e analisar imagens de câmeras de segurança que registraram o veículo da professora sendo levado até o local onde o corpo foi abandonado. No automóvel, os peritos encontraram manchas de sangue no porta-malas.

Matteos chegou a participar do velório da mãe e a chorar sobre o caixão, mas acabou confessando o crime durante o andamento das investigações. Até a última atualização, a defesa do acusado não havia se manifestado sobre o caso.

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