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Vacina contra bronquiolite passa a ser oferecida pelo SUS a partir de novembro

Imunizante protege gestantes e recém-nascidos e deve reduzir internações por bronquiolite e pneumonia

12/09/2025 às 16h30
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Adobe Stock
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O Sistema Único de Saúde (SUS) começará a distribuir em novembro a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), responsável por cerca de 80% dos casos de bronquiolite e 60% das pneumonias em crianças menores de dois anos. O imunizante será aplicado em gestantes, favorecendo a transferência de anticorpos para os bebês, protegendo-os nos primeiros meses de vida, período de maior vulnerabilidade ao vírus.

Em 2025, os casos de VSR em bebês registraram aumento de 52% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do boletim InfoGripe, da Fiocruz. Entre 3 de agosto e 6 de setembro, foram contabilizados 33.485 casos em crianças de até dois anos, ante 22.046 em 2024. O vírus é mais comum durante o inverno, mas surtos fora da sazonalidade também têm sido registrados, especialmente após a pandemia de Covid-19, devido à menor exposição natural das crianças.

O imunizante que será oferecido pelo SUS é a vacina Abrysvo, desenvolvida pela Pfizer e aprovada pela Anvisa em abril de 2024. Inicialmente, o país receberá 1,8 milhão de doses por meio de acordo entre o Instituto Butantan e a farmacêutica. O Ministério da Saúde prevê o envio de 832,5 mil doses em novembro e mais 1 milhão até dezembro, garantindo a imunização de cerca de 2 milhões de bebês nascidos vivos. A vacina é aplicada em dose única na gestante, entre o segundo e terceiro trimestre da gravidez, e oferece proteção imediata ao recém-nascido.

O Brasil passará a produzir o imunizante localmente, com transferência de tecnologia firmada em parceria entre o Instituto Butantan e a Pfizer. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a iniciativa não apenas protege gestantes e bebês, mas também promove geração de emprego, renda e conhecimento no país.

Além da vacina, o SUS já disponibilizava o palivizumabe, voltado para bebês prematuros extremos e crianças com doenças pulmonares ou cardiopatias graves. Outra alternativa disponível é o nirsevimabe, anticorpo monoclonal da Sanofi, que oferece proteção direta a recém-nascidos e crianças até dois anos.

Especialistas alertam que o VSR pode causar complicações graves em crianças pequenas, especialmente prematuros, cuja mortalidade é sete vezes maior que a de crianças a termo. O infectologista Renato Kfouri destaca que a imunização materna tem potencial para prevenir cerca de 28 mil internações por ano e reduzir visitas a serviços de emergência em até 50%, aliviando a pressão sobre prontos-socorros e UTIs pediátricas.

Na rede privada, a vacina contra o VSR já está disponível, com preços que variam de R$ 3.550 a R$ 3.680 para bebês, R$ 1.810 para gestantes e R$ 1.640 para adultos acima de 60 anos.

Medidas simples, como lavagem frequente das mãos e afastamento de bebês vulneráveis de pessoas com sintomas respiratórios, também contribuem para a prevenção da doença.

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