As autoridades dos Estados Unidos seguem empenhadas em localizar o responsável pelo assassinato de Charlie Kirk, ativista conservador de 31 anos e cofundador da organização Turning Point USA. Kirk foi atingido por um disparo enquanto participava de um evento na Utah Valley University, na última quinta-feira (11/9). O episódio intensificou as preocupações sobre a escalada da violência política no país.
Segundo o Departamento de Segurança Pública de Utah, o disparo teria sido efetuado a partir de um telhado próximo ao local do evento. As câmeras de vigilância registraram um suspeito vestindo roupas escuras, mas até o momento ninguém foi preso. Forças federais, estaduais e locais realizam buscas em várias áreas da região, inclusive com operações porta a porta.
Vídeos gravados durante o encontro mostram o momento em que Kirk, sentado sob uma tenda, é atingido no pescoço, causando pânico entre os presentes. Estudantes e participantes relataram ter vivido uma cena “aterrorizante”. “Isso me faz repensar a forma como expresso minhas ideias políticas”, afirmou Samuel Kimball, estudante de Engenharia da Computação.
A morte do ativista repercutiu imediatamente no cenário político. O presidente Donald Trump, aliado próximo de Kirk, descreveu-o como um “mártir da verdade” e acusou a “retórica da esquerda radical” de fomentar o crime. Trump determinou ainda que bandeiras fossem hasteadas a meio-mastro em prédios do governo federal até domingo. O governador de Utah, Spencer Cox, classificou o episódio como um “assassinato político” e afirmou que o Estado utilizará todos os recursos legais disponíveis para responsabilizar o autor do ataque.
A comoção se estendeu para além dos republicanos. Lideranças democratas também condenaram o crime. O ex-presidente Joe Biden declarou que “não há espaço para esse tipo de violência”, enquanto Gavin Newsom, governador da Califórnia, chamou o ato de “repugnante e censurável”. Kamala Harris, ex-vice-presidente, reforçou a necessidade de interromper o ciclo de violência política.
Charlie Kirk se destacou nos últimos anos como uma das vozes conservadoras mais influentes entre os jovens, atuando em defesa de pautas como o direito ao porte de armas, políticas anti-imigração e a valorização do cristianismo. Sua proximidade com Trump foi considerada fundamental na mobilização de novos eleitores para o Partido Republicano, especialmente nas eleições de 2024.
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