O município de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, enfrenta um surto de Doença Diarreica Aguda (DDA) que mobiliza autoridades estaduais e municipais de saúde. De acordo com dados oficiais, entre 3 de agosto e 8 de setembro foram registrados 1.957 atendimentos em unidades de pronto atendimento, o que representa, em média, 54 casos por dia. A situação levou o Governo de Minas a intensificar o monitoramento epidemiológico e a reforçar ações de vigilância.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) informou nesta quarta-feira (10) que acompanha o cenário em conjunto com a prefeitura de Contagem, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado (Arsae-MG). A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), por sua vez, garantiu que o surto não está relacionado à água distribuída na cidade.
Segundo o Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica de Doença Diarreica Aguda (Sivep-DDA), utilizado pelo Estado, os casos vêm sendo acompanhados de forma sistemática para orientar medidas de contenção. Entre as providências em curso, está a investigação de possíveis fontes de contaminação de origem hídrica ou alimentar. O governo também destacou a atuação do Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua), responsável pela análise contínua de parâmetros físico-químicos e microbiológicos. Em situações emergenciais, como a atual, o programa disponibiliza hipoclorito de sódio para desinfecção domiciliar.
Nos últimos anos, Minas Gerais investiu R$ 50,3 milhões em ações municipais voltadas à melhoria da vigilância da qualidade da água. Apesar do aporte, a situação em Contagem reforça os desafios relacionados ao saneamento básico e ao controle de surtos gastrointestinais.
As doenças diarreicas agudas, conforme a SES-MG, são causadas por bactérias, vírus ou parasitas, geralmente associados ao consumo de água e alimentos contaminados ou a falhas em práticas de higiene. Embora a maioria dos quadros tenha evolução benigna, há risco de desidratação, sobretudo entre crianças, idosos e pessoas com baixa imunidade.
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