O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) solicitou nesta quinta-feira (4) o bloqueio de R$ 667 mil em bens de Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, que confessou o assassinato do gari Laudemir Fernandes. O pedido será avaliado pela Justiça nos próximos dias.
Segundo o documento, a medida tem como objetivo garantir recursos para o pagamento de indenização por danos morais, pensão mensal e custeio de tratamento psicológico para a filha da vítima, de 15 anos. O cálculo apresentado pelo MPMG prevê R$ 500 mil em danos morais e R$ 167 mil referentes à pensão, estimada até que a jovem complete 25 anos.
A defesa da família de Laudemir havia solicitado anteriormente o bloqueio de R$ 3 milhões, mas o pedido foi negado pela Justiça em agosto, sob o argumento de que seria prematuro diante do andamento das investigações. Desta vez, o MPMG considerou que o inquérito já oferece elementos suficientes para justificar a medida cautelar.
O documento destaca ainda que, embora a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, esposa de Renê, tenha sido indiciada por ter deixado sua arma com o marido, o Ministério Público não incluiu seus bens no pedido de bloqueio. A justificativa é de que não há, neste momento processual, elementos para responsabilizá-la financeiramente pelo crime. No entanto, o texto ressalta que esse entendimento poderá ser revisto no decorrer do processo.
A partir do pedido, a defesa de Renê Nogueira Júnior terá prazo legal para apresentar contestação antes que a Justiça decida sobre a indisponibilidade dos bens.
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