Solicitar um visto para os Estados Unidos passa a exigir mais atenção dos candidatos a partir desta terça-feira (2). As novas regras, aprovadas no governo Donald Trump, entram em vigor com aumento de custos e maior rigor no processo, especialmente no agendamento de entrevistas.
Uma das principais mudanças é a criação da chamada Visa Integrity Fee, taxa adicional de US$ 250 que será cobrada no momento da emissão do visto. Somada ao valor já existente de US$ 185, o custo total para o visto de não imigrante passa a ser de US$ 435, equivalente a cerca de R$ 2,3 mil. Caso a solicitação seja negada, a nova taxa não será aplicada.
Outra alteração relevante está no processo de entrevistas. A partir de agora, todos os solicitantes de vistos de não imigrante pela primeira vez terão de comparecer presencialmente a uma entrevista em consulado, inclusive menores de 13 anos e maiores de 80, que antes tinham isenção. Algumas categorias diplomáticas e casos específicos de renovação continuam elegíveis para dispensa, desde que cumpram critérios definidos pelo Departamento de Estado.
As entrevistas, conduzidas em português, têm duração média de cinco minutos e são voltadas à verificação das informações prestadas no formulário DS-160, documento obrigatório no processo. O órgão reforça que pode exigir entrevistas mesmo em situações inicialmente enquadradas como isentas.
Além disso, determinadas categorias de vistos, como os voltados a estudantes, intercambistas e pesquisadores, passam a incluir a análise das redes sociais do solicitante. Será necessário informar os perfis usados nos últimos cinco anos, permitindo às autoridades americanas avaliar a presença digital do candidato.
Especialistas em imigração destacam que as novas medidas devem ampliar o tempo de espera para agendamento, exigindo mais planejamento de quem pretende viajar. As mudanças atingem brasileiros que buscam desde o visto de turismo (B2) até autorizações para estudo, negócios e programas de intercâmbio.
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