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Cavalo mutilado em Bananal estava vivo durante agressão, aponta investigação da Polícia Civil

Laudo pericial confirma que animal sofreu maus-tratos antes da morte; jovem de 21 anos é investigado pelo crime em São Paulo

28/08/2025 às 08h00
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A Polícia Civil concluiu que o cavalo encontrado com as quatro patas mutiladas no município de Bananal, interior de São Paulo, estava vivo no momento em que sofreu as agressões. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (27) pelo delegado responsável pelo caso, Rubens Luiz Fonseca Melo, com base no laudo pericial elaborado pela médica veterinária Luana Gesualdi.

Segundo o delegado, os hematomas identificados no corpo do animal confirmam que as mutilações foram praticadas quando ainda havia sinais vitais. “Infelizmente, aconteceu em vida, pois o animal apresentava hematomas compatíveis com essa condição”, afirmou. O cavalo morreu após os ferimentos.

O caso ocorreu no sábado (16) e teve grande repercussão devido à gravidade do ato. O principal investigado é um jovem de 21 anos, que foi ouvido pela polícia na última segunda-feira (18) e liberado em seguida. Uma testemunha também prestou depoimento.

O laudo pericial já foi encaminhado ao Judiciário e reúne informações sobre a forma como o animal foi encontrado e os exames realizados. De acordo com a veterinária responsável, a ausência de sangramento intenso pode estar relacionada ao estado de exaustão e queda de pressão do cavalo no momento da morte.

Em entrevista a uma emissora de TV regional, o investigado, identificado como Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, declarou estar embriagado no momento do crime, reconheceu a crueldade do ato e disse estar arrependido. Ele, no entanto, negou ter praticado as mutilações enquanto o animal ainda estava vivo.

O episódio gerou mobilização de artistas e ativistas de defesa animal. A cantora Ana Castela, conhecida como “boiadeira”, manifestou-se nas redes sociais pedindo punição ao suspeito. A ativista Luisa Mell também criticou o crime, classificando-o como cruel e cobrando rigor das autoridades, além de afirmar que acompanha o caso em parceria com representantes do município.

A investigação segue em andamento, e o jovem poderá responder por crime de maus-tratos a animais, previsto na legislação brasileira.

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