O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou hoje o monitoramento policial contínuo da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, sob prisão domiciliar em Brasília. A decisão foi tomada após recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que alertou para um possível risco de fuga — especialmente com o julgamento marcado para o início de setembro.
A Polícia Penal do Distrito Federal ficará encarregada da vigilância, que deve ser discreta para não causar transtornos à vizinhança ou expor o ex-presidente. Apesar da autorização, a equipe não deverá entrar na residência, e o uso de uniformes ou armamentos ficará a critério dos agentes.
O pedido da PGR segue uma comunicação feita pela Polícia Federal (PF), que relatou a existência de falhas no sistema de tornozeleira eletrônica utilizado para monitorar Jair Bolsonaro — essas brechas poderiam facilitar uma eventual tentativa de fuga. A PF defendeu que apenas a presença de agentes no interior do imóvel garantiria uma vigilância efetiva e em tempo real.
O entorno da casa do ex-prefeito está sujeito a reforços de segurança desde que se descobriu um rascunho de pedido de asilo na Argentina no celular de Bolsonaro. As buscas, incluindo apreensão de dados e equipamentos por autoridades nesta semana, indicam a necessidade de cautela enquanto se aguarda o julgamento iminente.
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