O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, que confessou ter matado o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44, ganhou novo representante legal após seus primeiros advogados deixarem a defesa. O criminalista Dracon Luiz Cavalcante Lima assumiu oficialmente o caso nesta sexta-feira (22), quatro dias depois da confissão formalizada no depoimento de Renê à polícia. Segundo o advogado, a aceitação da causa só ocorreu porque o investigado admitiu a autoria do crime.
Em entrevista, Lima relatou que Renê demonstra arrependimento e tem pedido desculpas à família da vítima. “Ele está choroso, bastante abalado, e afirma que o disparo ocorreu de forma acidental. Disse inclusive: ‘Ligue para a família, peça perdão em meu nome, porque estou arrependido’. A vida dele se cruzou com a de Laudemir em uma fatalidade”, afirmou.
O advogado destacou que sua função é assegurar que o processo transcorra dentro dos parâmetros legais. “Não é minha intenção mudar a opinião pública, mas garantir que ele tenha direito de defesa. Ele confessou porque quis, e será julgado por isso. O que pedimos é que a pena seja proporcional e justa, de acordo com a lei”, declarou.
Lima ressaltou ainda que Renê terá o momento oportuno para se pronunciar diretamente e apresentar sua versão do episódio. “Cabe à Justiça conduzir o caso, apurar os fatos e aplicar a punição cabível. A sociedade e a família da vítima esperam isso, e é o que deve acontecer”, disse.
As investigações sobre a morte de Laudemir seguem em andamento. Nesta quinta-feira (21), a Justiça concedeu um prazo adicional de dez dias para a Polícia Civil concluir o inquérito. O processo aguarda o envio de dados solicitados à operadora Claro e à montadora BYD, referentes a registros de ligações e movimentações de Renê no dia do crime.
Mín. 14° Máx. 29°