A Colômbia registrou, nesta quinta-feira (21), ao menos dois ataques terroristas que resultaram em mortes de civis e policiais, em um momento considerado delicado para o país, já que a capital Bogotá se prepara para sediar a cúpula de países amazônicos, da qual o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva participará nesta sexta-feira (22).
Um dos atentados ocorreu em Cali, cidade localizada a aproximadamente 450 quilômetros da capital. Segundo informações preliminares, duas explosões de origem ainda não confirmada atingiram a região próxima a uma escola de aviação militar. O presidente colombiano, Gustavo Petro, afirmou pelas redes sociais que ao menos dois civis perderam a vida. Ele responsabilizou diretamente o narcotráfico, ao classificar o episódio como uma nova forma de terrorismo exercida por facções que, segundo ele, se subordinam à chamada “junta do narcotráfico”.
De acordo com Petro, esse grupo seria uma ramificação herdeira do bloco capital dos paramilitares e teria sob seu comando dissidências de Iván Mordisco, a Segunda Marquetalia e o Clã do Golfo, além de atuar em regiões como Cauca, Guaviare, Antioquia e no Caribe colombiano. “O governo considera — e pede ao mundo que também considere — a junta do narcotráfico como uma organização terrorista”, declarou.
O segundo atentado foi registrado em Amalfi, a cerca de 370 quilômetros de Bogotá. Um helicóptero da polícia foi atacado com um drone, resultando em pelo menos oito policiais mortos e outros oito feridos, segundo balanço oficial. As autoridades reforçaram a segurança em diferentes pontos do país, especialmente na capital, onde estão previstos os encontros entre chefes de Estado.
Até o momento, não há informações de que a agenda presidencial brasileira tenha sido alterada. O governo colombiano mantém equipes de investigação mobilizadas para apurar as responsabilidades e prevenir novos ataques nos próximos dias.
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