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Alckmin entrega pacote contra tarifaço no Congresso após derrota do governo na CPMI do INSS

Vice-presidente leva medidas econômicas para compensar sobretaxa de Trump, enquanto Planalto enfrenta desgaste político com avanço da oposição

21/08/2025 às 12h00
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Após a derrota imposta ao governo na instalação da CPMI do INSS, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, esteve nesta quarta-feira (20) no Congresso Nacional para apresentar um pacote de medidas econômicas voltado a reduzir os impactos da sobretaxa de 50% aplicada pelo governo de Donald Trump sobre o aço e o alumínio brasileiros. A taxação, em vigor desde o último dia 6, afeta diretamente a indústria nacional e levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a designar Alckmin como responsável pela articulação das propostas junto ao Legislativo.

Alckmin chegou à Câmara dos Deputados às 15h, onde se reuniu com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), antes de conceder coletiva à imprensa. Na ocasião, anunciou que a alíquota de 50% será aplicada de forma uniforme para exportações de todos os países, destacando a necessidade de medidas emergenciais para minimizar os efeitos sobre o setor produtivo brasileiro.

Inicialmente, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, acompanharia o vice-presidente na agenda, mas desistiu após a derrota sofrida pelo governo na votação que instalou a CPMI destinada a investigar fraudes no INSS. O episódio fortaleceu a oposição e aumentou a pressão sobre o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (AP), que admitiu falhas na articulação e fez um mea culpa durante reunião convocada às pressas por Gleisi no Palácio do Planalto com líderes da base aliada.

Apesar de estar prevista em sua agenda oficial, a reunião de Alckmin com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), acabou sendo cancelada. O foco da agenda foi a entrega do pacote econômico, que inclui como principal medida uma linha de crédito de R$ 30 bilhões aberta pelo BNDES, com juros entre 1% e 4% ao ano, voltada a empresas exportadoras afetadas pela sanção norte-americana.

O plano também prevê a ampliação do programa Reintegra, que devolve tributos pagos em produtos exportados. Antes restrito a micro e pequenas empresas, o benefício agora alcançará todas as companhias que vendem para os Estados Unidos. No novo formato, micro e pequenas terão direito a devolução de 3%, enquanto as demais poderão reaver 6%.

O pacote é visto pelo Planalto como uma tentativa de oferecer respostas concretas ao setor produtivo em meio ao desgaste político provocado pela derrota na CPMI. Ainda assim, a tensão no governo aumentou diante da demonstração de força da oposição, que conseguiu impor revés na articulação de Lula e expôs fragilidades na condução política de sua base no Congresso.

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