O empresário de 47 anos que confessou ter matado o gari Laudemir de Souza Fernandes, em Belo Horizonte, tem até 10 dias para contratar um novo advogado, após os profissionais anteriormente responsáveis pelo caso renunciarem por motivo de foro íntimo. Caso não haja adesão de nenhum defensor, a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) poderá nomear um advogado do estado para representar o acusado, atualmente preso no Presídio de Caeté desde a última quarta-feira (13/8), dois dias após o crime.
A renúncia dos advogados ocorreu na segunda-feira (18/8), um dia após imagens de câmeras de segurança mostrarem o empresário guardando uma arma, que seria de sua esposa, delegada civil, em uma mochila no estacionamento do prédio onde reside, horas depois do assassinato. Exames de balística realizados pela Polícia Civil confirmaram que a arma apreendida na residência do empresário é a mesma utilizada no crime.
Segundo relatos das autoridades, Laudemir de Souza Fernandes foi morto a tiros enquanto trabalhava no bairro Vista Alegre, na região Oeste de BH. O suspeito foi identificado por câmeras de segurança e preso em uma academia próxima ao local do crime. O Ministério Público de Minas Gerais qualificou o homicídio como duplamente qualificado, considerando que a ação dificultou a defesa da vítima e foi motivada por uma discussão banal.
O promotor responsável destacou que a gravidade do crime extrapola limites toleráveis e que, em juízo de probabilidade, a eventual soltura do empresário poderia violar a ordem pública. A situação jurídica do acusado permanece em definição, enquanto ele aguarda a contratação de um novo advogado ou a nomeação de um defensor público.
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