A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) confirmou nesta sexta-feira (15/8) que a arma de fogo utilizada na morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, pertence à delegada Ana Paula Lamego Balbino. O crime aconteceu na última segunda-feira (11/8), no bairro Vista Alegre, região Oeste de Belo Horizonte, após uma confusão de trânsito. O suspeito de efetuar os disparos é o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, marido da servidora.
De acordo com a corporação, perícias comprovaram que a pistola é registrada em nome da delegada, sendo de uso particular e sem vínculo com o acervo institucional da Polícia Civil. A Corregedoria-Geral instaurou procedimento para investigar a conduta de Ana Paula, diante da relação pessoal com o investigado. Em depoimento, ela afirmou não ter conhecimento sobre qualquer envolvimento do marido em infração penal.
Em coletiva realizada na terça-feira (12/8), o delegado Saulo Castro, porta-voz da PCMG, destacou que, caso seja confirmada a utilização da arma registrada pela servidora, ela poderá ser responsabilizada administrativamente, com punições que variam de advertência a demissão.
O inquérito também conta com decisões judiciais que autorizam novas diligências. A Justiça determinou que a montadora Build Your Dreams (BYD) apresente o trajeto percorrido pelo veículo do empresário no dia do crime, além de autorizar o acesso a registros telefônicos da operadora Claro entre 7h e 16h. O sigilo do celular apreendido também foi quebrado, permitindo análise de mensagens e dados pela Polícia Civil.
Renê Nogueira Júnior foi preso em flagrante no dia do crime e, após audiência de custódia, teve a prisão convertida em preventiva. Ele está detido no Presídio de Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde segue à disposição da Justiça enquanto o caso continua em investigação.
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