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Arma usada em morte de gari pertence a delegada, confirma Polícia Civil de Minas Gerais

Investigações apontam que pistola registrada em nome de servidora foi utilizada pelo marido, empresário suspeito do crime ocorrido após discussão de trânsito em BH.

16/08/2025 às 11h45
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) confirmou nesta sexta-feira (15/8) que a arma de fogo utilizada na morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, pertence à delegada Ana Paula Lamego Balbino. O crime aconteceu na última segunda-feira (11/8), no bairro Vista Alegre, região Oeste de Belo Horizonte, após uma confusão de trânsito. O suspeito de efetuar os disparos é o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, marido da servidora.

De acordo com a corporação, perícias comprovaram que a pistola é registrada em nome da delegada, sendo de uso particular e sem vínculo com o acervo institucional da Polícia Civil. A Corregedoria-Geral instaurou procedimento para investigar a conduta de Ana Paula, diante da relação pessoal com o investigado. Em depoimento, ela afirmou não ter conhecimento sobre qualquer envolvimento do marido em infração penal.

Em coletiva realizada na terça-feira (12/8), o delegado Saulo Castro, porta-voz da PCMG, destacou que, caso seja confirmada a utilização da arma registrada pela servidora, ela poderá ser responsabilizada administrativamente, com punições que variam de advertência a demissão.

O inquérito também conta com decisões judiciais que autorizam novas diligências. A Justiça determinou que a montadora Build Your Dreams (BYD) apresente o trajeto percorrido pelo veículo do empresário no dia do crime, além de autorizar o acesso a registros telefônicos da operadora Claro entre 7h e 16h. O sigilo do celular apreendido também foi quebrado, permitindo análise de mensagens e dados pela Polícia Civil.

Renê Nogueira Júnior foi preso em flagrante no dia do crime e, após audiência de custódia, teve a prisão convertida em preventiva. Ele está detido no Presídio de Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde segue à disposição da Justiça enquanto o caso continua em investigação.

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