A Justiça de Belo Horizonte determinou que a montadora BYD forneça informações sobre o trajeto do carro dirigido por Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44, na última segunda-feira (11/8). Além disso, a operadora Claro terá de repassar registros de ligações e mensagens, incluindo aplicativos como WhatsApp, conforme decisão da juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, da 1ª Vara Criminal da cidade. O objetivo é esclarecer o homicídio ocorrido durante uma confusão no trânsito no bairro Vista Alegre, quando Laudemir, que trabalhava na coleta de lixo, foi atingido por disparos.
O suspeito, que nega participação no crime, está preso desde terça-feira (14/8) no presídio de Caeté, após audiência de custódia que converteu a prisão em flagrante em preventiva. Renê responde por homicídio duplamente qualificado — por motivo fútil e recurso que impossibilitou defesa da vítima — e por ameaça à motorista do caminhão. A investigação inclui análise de imagens de câmeras de segurança, oitivas de testemunhas e exames periciais.
A vítima, descrita por familiares e colegas como dedicada e pacífica, deixou esposa, filha e enteadas. Durante o velório, realizado em Nova Contagem, parentes e colegas clamaram por justiça e responsabilização. O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que também apura a origem da arma usada no crime, recolhida pela Corregedoria. Renê, executivo com experiência em empresas como Coca-Cola, Red Bull e Ambev, havia assumido recentemente uma diretoria na Fictor Alimentos, que repudiou a conduta atribuída ao funcionário e manifestou solidariedade à família da vítima.
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