O empresário de 47 anos acusado do assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44, ocorrido em Belo Horizonte na última segunda-feira (11), foi transferido na tarde desta quarta-feira (13) para o Presídio de Caeté, na Região Metropolitana. No local, ele divide a cela apenas com outro detento, de 32 anos, que confessou o homicídio da própria mãe, a professora Soraya Tatiana, de 56 anos. A decisão de manter a dupla isolada em uma cela separada foi tomada após ambos receberem ameaças de outros presos.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Laudemir foi atingido por um disparo na região do abdômen após uma discussão de trânsito no bairro Vista Alegre. O gari chegou a ser socorrido e levado a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos. O suspeito do crime é marido de uma delegada da Polícia Civil, e a arma utilizada está sob análise pericial.
Nesta quarta-feira, o juiz Leonardo Damasceno converteu a prisão em flagrante do empresário em preventiva, determinando que ele permaneça detido durante a investigação. O Ministério Público de Minas Gerais apontou que o homicídio é duplamente qualificado, por dificultar a defesa da vítima e ocorrer por motivo considerado banal. Segundo o órgão, a gravidade do caso justifica a manutenção da prisão para garantir a ordem pública.
O histórico criminal do suspeito, que responde a ação penal por lesão corporal grave, foi citado como fator relevante para a decisão judicial. A Polícia Civil continua a apuração, considerando a placa do carro, testemunhos e semelhança da arma encontrada no apartamento do suspeito como indícios importantes. O prazo para a conclusão da perícia é de dez dias, enquanto o caso segue sob investigação.
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