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Técnica de oxigenação usada em SP é avaliada para despoluição da Lagoa da Pampulha

Método aplicado no Rio Pinheiros pode melhorar qualidade da água, mas especialistas alertam que combate ao esgoto é etapa essencial

11/08/2025 às 10h30
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A injeção de oxigênio dissolvido supersaturado nas águas da Lagoa da Pampulha foi apresentada como possível alternativa para recuperar um dos principais cartões-postais de Belo Horizonte. A técnica, já utilizada na revitalização do Rio Pinheiros, em São Paulo, e do Córrego Joana, no Rio de Janeiro, foi discutida em audiência pública na Câmara Municipal. Moradores demonstram expectativa por melhorias, mas especialistas reforçam que a redução do lançamento de esgoto é fundamental para mudanças efetivas.

A engenheira Paula Vilela, doutora em engenharia, explica que o método acelera a degradação da matéria orgânica, combatendo a poluição e mantendo os níveis de oxigênio na água. Segundo ela, no caso do Rio Pinheiros, o sucesso do processo veio após tentativas frustradas com outras abordagens e só foi possível após ações de coleta e tratamento de esgoto. Paula destaca que a tecnologia produz resultados perceptíveis, como a redução de odores e mudanças na cor da água, fatores que impactam diretamente a percepção da população.

A Copasa informou que acompanha tecnologias voltadas à despoluição desde 2019 e que está estruturando um projeto para testar soluções na Lagoa da Pampulha. Segundo o gerente Thiago Miranda, serão realizados ensaios com projetos-piloto, e, caso os resultados sejam positivos, o serviço poderá ser contratado em parceria com o município.

Hoje, as águas da lagoa são classificadas no nível 3, adequadas apenas para contato secundário. Mesmo assim, o prefeito Álvaro Damião anunciou que passeios turísticos voltarão a ser permitidos até o fim do ano, após liberação da Marinha. O objetivo é impulsionar o turismo ecológico e cultural na região.

A manutenção da Lagoa da Pampulha já recolheu, entre janeiro e julho deste ano, 841 toneladas de resíduos, incluindo plásticos, vegetação e restos de animais. Cerca de 20 trabalhadores realizam o serviço com auxílio de embarcações, a um custo anual de R$ 22,5 milhões. Ainda que a oxigenação seja vista como um passo importante, técnicos e autoridades reforçam que a solução definitiva depende da interceptação e tratamento de todo o esgoto lançado nos cursos d’água que abastecem a lagoa.

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