O governo de Donald Trump voltou a se posicionar contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, poucas horas após a decisão que decretou prisão domiciliar para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na segunda-feira (4/8). O Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental, vinculado à Secretaria de Estado dos EUA, publicou um texto em inglês e português na rede social X, criticando as medidas impostas por Moraes e defendendo a liberdade de expressão de Bolsonaro.
No comunicado, o órgão afirma que Moraes, já sancionado pelos Estados Unidos por supostas violações de direitos humanos, estaria utilizando as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. “Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender publicamente não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!”, diz a publicação.
A sanção mencionada refere-se à Lei Magnitsky, aplicada pelo governo americano, que proíbe Alexandre de Moraes de viajar aos Estados Unidos, congela possíveis bens e bloqueia transações financeiras com empresas americanas. A medida foi motivada pela visão da administração Trump de que as ações do ministro contra Bolsonaro, investigado por suposta tentativa de golpe de Estado, configuram violações de direitos humanos.
Enquanto isso, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) do Brasil contesta essa posição e formalizou uma denúncia na Organização das Nações Unidas (ONU) contra as decisões do governo norte-americano.
Mín. 14° Máx. 24°