Na madrugada do último domingo (3/8), um policial penal de 42 anos foi morto com dois disparos de arma de fogo dentro do Hospital Luxemburgo, em Belo Horizonte. Segundo informações da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), o autor dos disparos foi um detento de 24 anos que estava internado na unidade hospitalar desde o dia 27 de julho. O suspeito conseguiu roubar a arma do agente durante uma luta corporal no quarto onde estava custodiado e atirou contra o servidor, que morreu no local.
Após o homicídio, o detento fugiu do hospital utilizando a farda do policial penal e levando a mochila da vítima, que continha outras duas armas e munições. Imagens das câmeras de segurança registraram o momento em que o suspeito atravessa a catraca da unidade de saúde e deixa o hospital. Ele foi preso horas depois por policiais militares, quando tentava fugir em um carro de aplicativo. Com ele, estavam as três armas e munições levadas da vítima.
O Hospital Luxemburgo afirmou, em nota oficial, que nenhum civil entrou armado na unidade e que todos os protocolos internos de segurança foram seguidos rigorosamente. A administração da unidade declarou ainda que a responsabilidade pela escolta de presos é da Polícia Penal, vinculada à Sejusp. O hospital lamentou a morte do agente e informou estar prestando apoio psicológico aos colaboradores, além de colaborar com as investigações.
A Sejusp instaurou um procedimento administrativo interno para apurar as circunstâncias do crime. A Polícia Civil de Minas Gerais também conduz investigação criminal sobre o ocorrido. O detento, que possui histórico criminal desde 2018 por tráfico de drogas, furto, posse ilegal de arma e homicídio, havia sido recentemente transferido para a Penitenciária José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves.
O policial penal foi identificado como Euler e será sepultado nesta segunda-feira (4/8), no Cemitério Nossa Senhora da Piedade, em Justinópolis, também em Ribeirão das Neves. O velório teve início às 9h. O Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Minas Gerais (Sindppen-MG) se manifestou nas redes sociais, lamentando a morte do servidor e prestando solidariedade aos familiares e colegas de farda.
Enquanto isso, a segurança de unidades hospitalares que recebem detentos volta a ser discutida. A tragédia levanta questionamentos sobre os procedimentos de escolta e vigilância durante internações médicas. Tanto o hospital quanto a Sejusp reiteraram o compromisso com a apuração rigorosa dos fatos e prometeram total colaboração com as autoridades.
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