O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, confirmou neste domingo (27) que a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros entrará em vigor no dia 1º de agosto, sem qualquer adiamento. A medida, anunciada pelo ex-presidente Donald Trump em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em julho, tem gerado tensões diplomáticas entre os dois países.
Em entrevista ao programa Fox News Sunday, Lutnick foi direto: “Com certeza não haverá mais prorrogações. As tarifas estão programadas. A Alfândega vai começar a coletar o dinheiro.” Ainda segundo ele, Trump estará aberto ao diálogo com grandes economias, mas com ressalvas: “Se podem fazê-lo feliz, é outra questão.”
A taxação foi justificada por Trump como uma resposta ao que ele classificou como “perseguição política” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no STF por tentativa de golpe. Além da cobrança tarifária, os EUA abriram investigação contra práticas comerciais brasileiras, incluindo o uso do Pix, e revogaram os vistos do ministro Alexandre de Moraes, de seus familiares e de outros integrantes do Judiciário brasileiro.
O presidente Lula afirmou estar disposto a negociar e acredita que Trump foi induzido ao erro. O vice-presidente Geraldo Alckmin e o chanceler Mauro Vieira lideram os esforços por uma solução diplomática. Um comitê com representantes do governo e do setor produtivo também foi criado para discutir os impactos e estratégias diante da medida.
Enquanto isso, o setor exportador brasileiro segue em alerta para os efeitos da nova taxação sobre a economia nacional.
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