A despedida de Thiago Lourenço Morgado, de 36 anos, será marcada pela dor e pelo choque diante da violência do crime que interrompeu sua vida. Ele será velado e sepultado nesta sexta-feira (18), às 11h, no Cemitério da Saudade, na região Leste de Belo Horizonte, onde nasceu e vive parte da sua família. Thiago foi brutalmente assassinado no último domingo (13), no Rio de Janeiro, onde morava desde 2019, após uma discussão com o colega de trabalho e de moradia Bruno Guimarães da Cunha Chagas. O corpo só foi localizado três dias depois, quando uma das irmãs da vítima, preocupada com seu desaparecimento, foi até a casa que ele dividia com o suspeito e encontrou restos mortais armazenados na geladeira. Ao ser confrontado, Bruno confessou o homicídio.
Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ), o crime ocorreu após uma briga entre os dois, que trabalhavam juntos em uma padaria no bairro Estácio, região central da capital fluminense. Thiago era gerente do local e Bruno, subordinado. Após o assassinato, Bruno tentou ocultar o crime de forma ainda mais cruel. De acordo com o inquérito policial, o suspeito esquartejou o corpo, cozinhou partes da vítima, bateu outras no liquidificador e tentou descartar o conteúdo no vaso sanitário. A frieza do crime chocou a polícia e a família, que já enfrentava o luto desde a perda dos pais.
Em entrevista à Rádio Itatiaia, o tio de Thiago, que preferiu não se identificar, classificou o assassinato como uma “tremenda crueldade” e relatou que a família ainda está em estado de choque. As duas irmãs do gerente moram no Rio de Janeiro e estavam acompanhando o caso desde o desaparecimento. Foi uma delas quem, desconfiada, resolveu ir até a casa e acabou encontrando a cena macabra. Imagens que circulam nas redes sociais mostram Bruno confessando friamente o crime ao ser detido. Ao ser questionado por uma policial se teria matado o amigo, ele apenas responde: “Sim, matei”, balançando a cabeça afirmativamente.
Bruno Guimarães da Cunha Chagas foi preso em flagrante e responderá pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
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