O Hospital Risoleta Tolentino Neves, localizado na região de Venda Nova, em Belo Horizonte, voltou a atender pacientes não-críticos na manhã desta terça-feira (15), após ter restringido temporariamente esse tipo de atendimento na tarde da última segunda-feira (14). A suspensão havia sido motivada por um quadro de superlotação, que levou a unidade a priorizar apenas casos de emergência e muita urgência.
Em nota, o hospital informou que a retomada foi possível graças à ativação do “Plano de Capacidade Plena” e ao empenho das equipes internas, com apoio da Rede de Urgência e Emergência. Apesar da reabertura para todos os níveis de gravidade, o tempo de espera para pacientes sem risco de morte continua elevado. Na manhã desta terça, 141 pessoas aguardavam atendimento no pronto-socorro.
De acordo com a instituição, os atendimentos estão sendo realizados de acordo com o Protocolo de Manchester, que define a prioridade clínica dos casos. O Risoleta destacou que, mesmo acima da capacidade, segue comprometido com a manutenção da assistência à população e continuará adotando medidas para garantir o funcionamento da unidade.
Na noite de segunda-feira, durante o período de restrição, pacientes relataram dificuldades e frustrações com a falta de informação e o longo tempo de espera. Uma jovem de 26 anos, que buscava atendimento após uma queda, contou que só foi informada da impossibilidade de ser atendida duas horas após passar pela triagem. Já o aposentado Paulo Mariano, de 67 anos, disse ter aguardado por horas em uma cadeira de rodas, com dores na bacia, sem ser encaminhado a outro serviço.
A direção do hospital reafirmou que todos os esforços estão sendo feitos para normalizar o atendimento, mesmo diante do desafio constante de atender uma demanda que supera sua estrutura.
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