Um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi preso na última sexta-feira (16 de maio) em um apartamento no bairro Santa Helena, região do Barreiro, em Belo Horizonte, com drogas, armas artesanais e uma impressora 3D usada na fabricação de armamentos. A operação, conduzida pelo Batalhão Rotam da Polícia Militar, também resultou na prisão de um segundo homem, de 35 anos, que confessou ser o armeiro responsável pela produção das armas para a facção criminosa.
A prisão ocorreu após denúncias que indicavam a presença de drogas e armamentos artesanais no imóvel localizado na rua Débora Maria Cruz. No local, os militares encontraram porções de cocaína, 26 pinos da droga, além de nove submetralhadoras artesanais, dois carregadores, seis cartuchos calibre .380 e uma série de peças e ferramentas utilizadas na produção das armas.
De acordo com o tenente Martins, que participou da ação, o homem de 44 anos, identificado como membro do PCC, assumiu a posse das drogas encontradas. Já o segundo suspeito admitiu ser o responsável pela fabricação das submetralhadoras, que eram vendidas por R$ 2.500 cada. Ele relatou à polícia que utilizava a impressora 3D para confeccionar partes mais leves das armas, como moldes e estruturas externas, enquanto um torno mecânico era empregado na fabricação de peças metálicas mais resistentes, como o ferrolho.
Na residência, foram apreendidas também uma submetralhadora pronta para uso, cinco cartuchos, oito armações de submetralhadora, treze ferrolhos, sete seletores de rajada para pistola e dezenas de outros componentes. Cadernos com anotações financeiras suspeitas reforçam a hipótese de uma operação estruturada e voltada para o comércio ilegal de armas.
Os dois homens foram presos em flagrante e encaminhados para a delegacia. A Polícia Civil assumiu a investigação para apurar a extensão da atuação da dupla, especialmente no que se refere à ligação com o PCC e à distribuição das armas fabricadas. Para a PM, a apreensão representa um importante golpe contra o crime organizado. “Foi uma apreensão bastante significativa para a nossa sociedade, retirando esse grande número de armas das ruas”, afirmou o tenente Martins.
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