Fernando Sarney foi nomeado interventor da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta quinta-feira (15), após nova decisão judicial que afastou Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente da entidade. Em sua primeira declaração, Sarney afirmou que sua gestão será transitória e que convocará novas eleições no menor prazo possível. “Sou transitório. Meu objetivo é, no menor espaço de tempo, organizar a eleição e colocar fim a essas disputas judiciais”, afirmou.
O afastamento de Ednaldo, desta vez, está relacionado a questionamentos sobre a validade de uma assinatura no acordo que havia encerrado as polêmicas envolvendo sua eleição, em 2022. A assinatura do ex-dirigente Coronel Nunes, um dos signatários do documento firmado em janeiro deste ano, foi contestada devido às suas condições de saúde, o que levantou dúvidas sobre sua real capacidade de consentimento.
A decisão foi tomada pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, atendendo a um pedido do próprio Fernando Sarney, atual vice-presidente da CBF. Embora Sarney tenha solicitado que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) conduzisse novas eleições, o magistrado entendeu que o pleito deve ser organizado pela própria entidade.
Após formalizar a posse no TJ-RJ, Sarney se dirigiu à sede da CBF no Rio de Janeiro, onde iniciou os trabalhos. Mesmo após críticas feitas por seus advogados ao momento em que foi anunciado o nome de Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção, Sarney assegurou que não haverá mudanças nesse sentido. “O acordo com Ancelotti está mantido”, declarou.
Sarney também destacou a necessidade de garantir uma “transição democrática” dentro da CBF e reforçou que sua gestão interina buscará restaurar a normalidade administrativa da entidade. “Vou sentar, entender o cenário e preparar a eleição. Precisamos virar essa página com responsabilidade e diálogo”, concluiu.
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