O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) realizou nesta quinta-feira (15) a Operação Pseudos, com o objetivo de desmantelar uma associação criminosa acusada de fraudar processos judiciais para desviar dinheiro de contas bancárias, inclusive de pessoas já falecidas. A ação aconteceu em Belo Horizonte e Sete Lagoas, com cumprimento de mandados de prisão temporária e busca e apreensão.
Coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela 12ª Promotoria de Justiça de Belo Horizonte, a operação cumpre 12 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária, sendo três deles contra advogados suspeitos de participação direta nas fraudes. O grupo teria criado ações judiciais fictícias com o intuito de enganar o Judiciário e acessar ilegalmente valores depositados em contas bancárias.
As investigações tiveram início após a identificação de uma tentativa de golpe na 36ª Vara Cível da capital, onde um processo de execução movido contra uma pessoa falecida buscava, de forma fraudulenta, sacar mais de R$ 421 mil. A tentativa foi frustrada, mas acendeu o alerta para um possível esquema maior.
A operação contou com o envolvimento de três promotores de Justiça, além de policiais penais e militares de quatro batalhões da Polícia Militar de Minas Gerais. Segundo o MPMG, os envolvidos podem responder por crimes como estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa.
As investigações seguem em andamento para identificar outros possíveis beneficiários do esquema e dimensionar o prejuízo causado aos cofres públicos e às instituições financeiras.
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