Um casal de brasileiros que vive na Inglaterra foi preso nesta quinta-feira (24) ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, transportando clandestinamente 48 canetas contendo substâncias de uso controlado com efeito emagrecedor. A prisão foi realizada pela Polícia Federal (PF) em conjunto com a Receita Federal, durante fiscalização de rotina em voos internacionais.
Segundo a Polícia Federal, os medicamentos estavam escondidos entre garrafas de whisky nas bagagens dos passageiros, numa tentativa deliberada de burlar a vigilância sanitária e as regras de entrada de substâncias controladas no Brasil. Os fármacos, que têm uso regulamentado e exigem prescrição médica, foram disfarçados como parte de uma carga comum de bebidas alcoólicas, o que acendeu o alerta das autoridades.
“A tentativa de ocultar medicamentos entre bebidas representa um sério risco à saúde pública, uma vez que esse tipo de substância requer cuidados rigorosos de transporte e conservação, incluindo controle de temperatura. Fora dessas condições ideais, os princípios ativos podem se degradar, resultando em efeitos adversos severos para quem os consome”, afirmou a PF em nota oficial.
As canetas apreendidas contêm compostos originalmente indicados para o tratamento de diabetes tipo 2, mas que passaram a ser utilizados com frequência para emagrecimento rápido, sem o devido acompanhamento médico. De acordo com a PF, o uso indiscriminado desses medicamentos pode causar uma série de reações adversas, que vão desde náuseas e vômitos até quadros mais graves como pancreatite, hipoglicemia, disfunções renais, problemas na vesícula, perda de massa muscular e reações alérgicas severas.
O casal foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal em Minas Gerais, onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante e arbitrada fiança. Os medicamentos foram apreendidos e encaminhados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que dará prosseguimento à análise técnica e às providências legais cabíveis. O caso segue sob investigação e pode resultar em novas sanções, dependendo da conclusão dos laudos periciais e da apuração sobre a origem e o destino final dos produtos.
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