Minas Gerais enfrenta um cenário preocupante no combate à dengue. De acordo com o mais recente boletim divulgado nesta segunda-feira (7) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), já foram confirmadas 32 mortes causadas pela doença em 2025. Outros 78 óbitos estão em investigação.
O levantamento aponta ainda que 40.379 casos de dengue foram confirmados desde o início do ano no estado. O aumento expressivo tem mobilizado as autoridades de saúde e reacendido o alerta para o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
Diante da situação, o Governo de Minas avalia a possibilidade de ampliar o público-alvo da vacinação contra a dengue ainda em 2025. Atualmente, o imunizante é oferecido para crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos, faixa etária definida pelo Ministério da Saúde. No início do ano, alguns municípios chegaram a estender temporariamente a vacinação para além dessa faixa, com o objetivo de evitar a perda de doses próximas ao vencimento.
A ampliação da campanha, no entanto, depende do envio de mais vacinas por parte do Governo Federal. Segundo a SES-MG, a decisão será tomada com base na evolução dos casos e na disponibilidade de novas remessas do imunizante.
Além da dengue, o boletim também aponta casos de outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. A chikungunya provocou duas mortes confirmadas em Minas neste ano, com um terceiro óbito ainda sob investigação. Já o número de casos confirmados da doença chegou a 7.835.
Em relação à zika, os números são mais baixos: até o momento, o estado investiga 24 casos prováveis e não há registros de mortes.
Com a chegada do outono e a permanência de temperaturas elevadas em diversas regiões do estado, a SES-MG reforça a importância de medidas preventivas por parte da população. Eliminar focos de água parada em casa e nos arredores, manter caixas d’água bem vedadas e limpar calhas e vasos de plantas são algumas das ações recomendadas.
A população também é orientada a procurar atendimento médico diante dos primeiros sintomas da dengue, que incluem febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores no corpo e manchas vermelhas na pele.
“O momento é de alerta máximo. A participação da população no combate ao mosquito é fundamental para conter a disseminação da doença”, destacou em nota a SES-MG.
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