O jornalista português Sérgio Tavares anunciou o lançamento do documentário "The Fake Judge" ("O Falso Juiz", em português), previsto para maio deste ano, sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A produção tem sido divulgada nas redes sociais de Tavares e contará com entrevistas de figuras políticas como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
Com mais de 500 mil seguidores no Instagram, Sérgio Tavares alega que o filme pretende expor o que chama de "a ditadura imposta no Brasil por Alexandre de Moraes". Segundo ele, a produção foi gravada em dez países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Portugal, Argentina, Espanha, Reino Unido, Itália, Alemanha, Bélgica e Índia.
Entre os entrevistados, estariam também o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o pastor Silas Malafaia e pessoas que Tavares classifica como "refugiados" dos atos de 8 de janeiro de 2023, que hoje vivem na Argentina e na Itália. Naquele dia, extremistas invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF, em Brasília. Centenas de pessoas foram presas e condenadas desde então.
Críticas a Alexandre de Moraes
O trailer do documentário circula em redes sociais e grupos de WhatsApp com declarações de que "um repórter independente viajou por dez países para recolher testemunhos das vítimas de Alexandre de Moraes". O ministro é chamado de "Ditador da Toga" na peça promocional.
Tavares afirma que sua condição de jornalista europeu impede que suas publicações sejam derrubadas por decisões judiciais do Brasil. Em um vídeo de divulgação, ele justifica o título do documentário:
"Ele não é um juiz, porque um juiz é uma pessoa justa, uma pessoa que faz o bem. Alexandre de Moraes não é justo, não faz o bem. É inacreditável como um homem sozinho consegue destruir a democracia de uma nação inteira", declarou.
Passagem pelo Brasil e polêmica com a PF
Sérgio Tavares ganhou notoriedade no Brasil após ser retido no aeroporto de Guarulhos em fevereiro de 2024. Na ocasião, ele veio ao país para cobrir um evento de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo. Segundo a Polícia Federal, o jornalista não apresentou visto de trabalho e o procedimento foi considerado padrão.
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