O Ministério da Educação anunciou nesta segunda-feira (10), em Natal (RN), o lançamento do Programa Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidades para acesso de estudantes da rede pública à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, chamado de Partiu IF. A iniciativa busca reduzir desigualdades educacionais, oferecendo reforço escolar para alunos em situação de vulnerabilidade que desejam ingressar nos institutos federais.
Além da preparação acadêmica, os estudantes selecionados receberão um auxílio de R$ 200 por mês durante oito meses para garantir sua permanência no curso. O público-alvo do programa inclui jovens negros, quilombolas, indígenas, pessoas com deficiência e estudantes com renda familiar de até um salário mínimo per capita (R$ 1.518).
Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, a proposta busca equidade e justiça social no acesso ao ensino técnico. "É uma forma de dar oportunidade para aqueles jovens que não estão bem preparados. Será um reforço para esse estudante do 9º ano se preparar para a seleção dos institutos federais", afirmou.
O Partiu IF prevê preparar 78 mil estudantes da rede pública até 2027, com investimento de R$ 463 milhões. Somente em 2025, o MEC pretende atender 26 mil alunos, com um custo estimado de R$ 115,8 milhões para o biênio 2024-2025.
O programa tem uma carga horária de 320 horas, divididas em dois eixos: Ciclo Básico e Formação Suplementar. O primeiro contempla disciplinas como linguagem, matemática e ciências naturais, além de oficinas de redação. Já o segundo oferece acompanhamento psicopedagógico, monitoramento acadêmico e orientação individual e em grupo.
As aulas terão início no próximo sábado (15), com cerca de 650 turmas formadas em todo o país. A expectativa é que cada campus da rede federal receba uma turma de 40 alunos. O projeto piloto do Partiu IF já está em funcionamento desde agosto de 2024 no Instituto Federal do Sul de Minas (Ifsuldeminas), no campus Pouso Alegre (MG).
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