O cinema brasileiro viveu um momento histórico na noite deste domingo (2), quando "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles, venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025. Essa é a primeira vez que uma produção brasileira conquista a estatueta na categoria, um marco inédito para o país, que já havia acumulado 14 períodos ao longo da história, mas nunca havia levado o prêmio. O longa superou fortes concorrentes como "Emilia Pérez" (França), "Fluxo" (Letônia), "A Garota da Agulha" (Dinamarca) e "A Semente do Fruto Sagrado" (Alemanha), consolidando o Brasil como uma potência no cenário cinematográfico mundial.
A conquista representa o ápice de uma trajetória de décadas do cinema nacional em busca do reconhecimento na maior premiação da indústria audiovisual. O Brasil já havia tentado o prêmio de Melhor Filme Internacional em outros quatro benefícios, sendo a última em 1999 com "Central do Brasil", também dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Montenegro. Antes disso, "O Que É Isso, Companheiro?" (1998), "O Quatrilho" (1996) e "O Pagador de Promessas" (1963) também chegaram à disputa, mas sem sucesso.
Além da vitória inédita, "Ainda Estou Aqui" alcançou outro feito notável ao se tornar o primeiro filme brasileiro indicado também ao Oscar de Melhor Filme. O longa já conquistou enorme sucesso de público e crítica, tornando-se a quinta maior bilheteria do cinema nacional, com mais de cinco milhões de espectadores nos cinemas do país.
Walter Salles, emocionado ao receber o prêmio, destacou a importância do reconhecimento internacional para o cinema brasileiro e dedicou a conquista a todos os profissionais do audiovisual do país. “Essa estatueta representa a força do nosso cinema e de todas as histórias que ainda temos para contar”, afirmou o diretor em seu discurso de agradecimento.
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