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Minas Gerais registra primeiras mortes por dengue em 2025

Aumento exponencial de casos e circulação do sorotipo 3 acenderam alerta no estado.

16/01/2025 às 10h30 Atualizada em 19/01/2025 às 12h16
Por: Redação
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Foto: Divulgação 
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O Ministério da Saúde confirmou, nesta quarta-feira (15), as duas primeiras mortes por dengue em Minas Gerais em 2025. Os óbitos, registrados nos primeiros dias do ano, refletem um cenário preocupante, com o número de casos de dengue disparando de 60 para 536 em apenas uma semana, um aumento impressionante de 793%.

Apesar da confirmação do governo federal, o boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) ainda não registra as mortes oficialmente, mas destaca o crescimento vertiginoso dos casos. O número de “casos prováveis” saltou de 288 no dia 7 de janeiro para 2.075 em 13 de janeiro, uma alta de 620%. Além disso, um terceiro óbito está em investigação.

O avanço da doença está preocupante, especialmente diante do histórico recente. No ano passado, Minas Gerais enfrentou a pior epidemia de dengue de sua história, com 1.691.821 casos confirmados e 1.124 mortes registradas. A primeira morte em 2024 ocorreu em 22 de janeiro, uma semana mais tarde do que em 2025.

Dados do Ministério da Saúde indicam que 53% dos casos confirmados neste ano são de mulheres. Em termos de etnia, as pessoas pardas representam 47,3% dos infectados, seguidas por brancas, com 31,7%. A faixa etária mais atingida é de 20 a 29 anos, evidenciando um padrão demográfico que se repete regularmente na distribuição da dengue.

A propagação crescente do sorotipo 3 do vírus da dengue, identificada novamente após 17 anos, é um fator de grande preocupação. Apenas nos primeiros 10 dias de 2025, Minas Gerais registrou 56 casos desse sorotipo, o equivalente a 16% de todos os registros do tipo em 2024.

Em visita recente a Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou os riscos associados à circulação do sorotipo 3. A última vez que esse tipo foi detectado em larga escala no Brasil foi em 2008, deixando a população atual altamente suscetível. O professor Unaí Tupinambás, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), alertou que a falta de imunidade ao sorotipo 3 pode levar a um aumento de casos graves e uma possível crise no sistema de saúde do estado.

 

Foto: Divulgação 

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