O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou nesta segunda-feira (13) a reabertura da fronteira terrestre com a Venezuela. O bloqueio, que durou três dias, foi determinado na última sexta-feira (10) pelo governo venezuelano, logo após a posse de Nicolás Maduro para o terceiro mandato como presidente do país.
A decisão de fechamento não foi acompanhada de uma justificativa oficial por parte das autoridades venezuelanas, de acordo com informações do Itamaraty. Durante o período de bloqueio, a circulação de pessoas e mercadorias ficou interrompida, afetando moradores e comerciantes da região fronteiriça, especialmente nos estados brasileiros próximos ao limite territorial, como Roraima.
A posse de Maduro, que marcou o início de seu terceiro mandato, ocorreu em meio a controvérsias internacionais. O governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enviou a embaixadora Glivânia Maria de Oliveira para representá-lo na cerimônia. Apesar do gesto diplomático, o resultado das eleições presidenciais venezuelanas de 2024 não foi oficialmente reconhecido pelo Brasil, seguindo a postura de diversos países que questionaram a legitimidade do pleito.
O bloqueio temporário da fronteira gerou preocupações sobre os impactos na economia local e nas relações bilaterais entre os dois países. A região é estratégica para o comércio e para o trânsito de refugiados e migrantes venezuelanos que buscam melhores condições de vida no Brasil. Desde o início da crise política e econômica na Venezuela, milhares de cidadãos do país vizinho cruzaram a fronteira em busca de assistência humanitária, trabalho e segurança.
Com a reabertura, espera-se o restabelecimento gradual das atividades na área e a retomada do fluxo regular de bens e pessoas.
Foto: Divulgação / PM de Roraima
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