O vereador Vile (PL) de Belo Horizonte protocolou na Câmara Municipal um projeto de lei que busca proibir a execução de músicas do gênero funk nas escolas da rede municipal. A proposta inclui a restrição de letras que fazem apologia ao crime, ao uso de drogas, à violência, ou que contenham conteúdo pornográfico, linguagem obscena ou expressões de duplo sentido considerando o desenvolvimento moral de crianças e adolescentes.
Vile justificou a iniciativa ao destacar sua preocupação com a presença crescente desse tipo de música no ambiente escolar. Segundo ele, muitas letras promovem valores que contrariam o objetivo principal das escolas, que é oferecer educação de qualidade. “Nenhum pai quer que o filho vá para a escola para escutar esse tipo de música. Estamos observando que isso está se tornando cada vez mais comum nas escolas municipais e estaduais”, afirmou.
O parlamentar destacou ainda que a intenção do projeto é reorientar o foco das instituições de ensino para a formação acadêmica e moral dos alunos. “Queremos saber de verdade esse tipo de situação e priorizar que as crianças vão para a escola para aprender português, matemática, geografia e também o Hino Nacional, que já foi esquecido nas escolas. Em vez de ouvir funk, elas ouvirão o Hino e se dedicarão aos estudos para sair de lá como cidadãos prontos para contribuir com a sociedade”, completou.
O projeto de lei seguirá agora para análise das comissões da Câmara Municipal de Belo Horizonte antes de ser votado em plenário. A medida já gerou debates nas redes sociais, dividindo opiniões entre aqueles que apoiam a ideia como uma forma de promover valores éticos e aqueles que criticam a proposta, argumentando que ela pode representar uma censura cultural.
Caso seja aprovado, o projeto deve ser regulamentado não apenas a designação de músicas específicas, mas também a definição de critérios que estabeleçam ou que sejam considerados inadequados.
Fonte: Itatiaia
Foto: Reprodução
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