A cidade de Los Angeles vive um de seus momentos mais críticos em décadas, enquanto bombeiros e socorristas lutam incansavelmente contra o maior incêndio de sua história. Em meio ao caos, o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) emitiu alertas de fortes ventos para as próximas horas, que podem agravar ainda mais a situação. As rajadas intensas estão previstas para a madrugada deste domingo (12) e devem se intensificar na segunda-feira (13), persistindo até a manhã de terça-feira (14).
Desde que as chamas começaram na última terça-feira (7), os incêndios já consumiram mais de 145 km² — uma área maior do que a cidade de Miami e equivalente a 1,5 vez Manhattan, em Nova York. Entre as áreas mais atingidas está Palisades, onde mais de 9 mil hectares foram destruídos. Até o momento, apenas 11% do incêndio foi contido, segundo o Departamento de Silvicultura e Proteção contra Incêndios da Califórnia (Cal Fire).
O saldo da tragédia é alarmante: 16 mortes confirmadas, 13 desaparecidos e dezenas de milhares de desabrigados. Autoridades locais acreditam que esses números podem aumentar à medida que novas áreas são acessadas. Além disso, a qualidade do ar na região metropolitana de Los Angeles é considerada uma das piores já registradas, com partículas de metais, plásticos e outros materiais tóxicos espalhadas pelo ambiente, colocando milhões de pessoas em risco.
Entre sexta-feira à noite e sábado (11), o fogo mudou de direção, ameaçando bairros de luxo como Brentwood e Encino, que abrigam residências de celebridades como LeBron James, Arnold Schwarzenegger e até a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris. Ordens de evacuação obrigatória foram emitidas para esses locais, e até mesmo o Getty Museum e o campus da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) foram esvaziados.
A emergência mobilizou não apenas os recursos da Califórnia, mas também a ajuda de sete estados vizinhos, do governo federal, além de equipes do Canadá e do México. Helicópteros e aviões continuam lançando água e produtos retardantes sobre as chamas, enquanto equipes terrestres trabalham incessantemente nas linhas de contenção.
O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA declarou uma emergência de saúde pública na sexta-feira (10), reforçando o atendimento médico às vítimas. Apesar dos esforços, as dificuldades continuam imensas. O chefe de polícia do condado de Los Angeles, Luna, confirmou que 22 pessoas foram presas por infrações relacionadas aos incêndios, incluindo roubos, invasão de propriedades e posse ilegal de armas.
A causa dos incêndios ainda não foi determinada, mas especialistas apontam uma combinação de fatores climáticos, incluindo temperaturas elevadas e ventos intensos, como principais agravantes.
Foto: Getty Images
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