17°C 28°C
Lagoa Santa, MG
Publicidade

Meta é processada por Grupo trans após permitir associação entre identidades LGBTQIA+ e doenças mentais

A alteração nas políticas de moderação da empresa gerou polêmica e levou a ação contra a gigante tecnológica no Ministério Público Federal

09/01/2025 às 14h30
Por: Redação
Compartilhe:
Foto: José Xruz / Agência Brasil
Foto: José Xruz / Agência Brasil

A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) apresentou uma representação ao Ministério Público Federal (MPF) contra a Meta, empresa responsável por plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp. A ação foi motivada pela recente alteração nas políticas de moderação da gigante tecnológica, que agora permite que os usuários associem a homossexualidade e a transexualidade a doenças mentais ou anormalidades, sob a justificativa de se tratarem de discursos políticos ou religiosos.

A mudança foi anunciada nesta semana, gerando forte repercussão entre organizações de defesa dos direitos humanos e entidades LGBTQIA+. Segundo as novas diretrizes, a Meta flexibilizou suas regras para discursos de ódio, permitindo que esse tipo fosse formulado quando enquadrado em contextos de debates religiosos ou políticos sobre gênero e sexualidade.

“A situação é grave e o Estado brasileiro precisa dar uma resposta contundente. Não é admissível que essa decisão seja tomada em um país onde há leis que nos protegem”, afirmou a Antra em comunicado.

De acordo com a Meta, a alteração busca equiparar suas regras a outros espaços de discussão pública, como parlamentos e meios de comunicação tradicionais. O diretor de assuntos globais da empresa, Joel Kaplan, defendeu a medida, afirmando que “não é certo que algo possa ser dito em um plenário do Congresso, mas não em nossas plataformas”. Kaplan, que recentemente renovou o cargo, é conhecido por sua ligação com o Partido Republicano dos Estados Unidos.

A decisão também atende às demandas do governo do presidente norte-americano Donald Trump, que tem empresas de tecnologia pressionadas para flexibilizar regras de moderação de conteúdo. O fundador da Meta, Mark Zuckerberg, manifestou apoio à iniciativa, afirmando que pretende se alinhar com Trump em questões relacionadas à regulamentação internacional de redes sociais.

Organizações de direitos digitais, como a Coalizão Direitos na Rede e o coletivo Al Sur, publicaram uma nota conjuntamente criticando as mudanças, alegando que as novas regras incentivam a violência de gênero e o discurso de ódio. Para os grupos, a decisão atende aos resultados reais da violência online, especialmente contra as populações vulneráveis.

A Antra também destacou que a mudança beneficia grupos que promovem ataques contra pessoas trans e LGBTQIA+ em geral.

 

Fonte: Hoje em Dia

Foto: José Xruz / Agência Brasil

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Lagoa Santa, MG
22°
Tempo limpo

Mín. 17° Máx. 28°

22° Sensação
2.06km/h Vento
73% Umidade
14% (0mm) Chance de chuva
05h42 Nascer do sol
06h36 Pôr do sol
Qui 28° 16°
Sex 28° 17°
Sáb 27° 17°
Dom 25° 18°
Seg 26° 17°
Atualizado às 02h05
Publicidade
Anúncio
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,77 +0,36%
Euro
R$ 5,98 +0,07%
Peso Argentino
R$ 0,01 +0,00%
Bitcoin
R$ 598,723,06 +0,35%
Ibovespa
125,147,42 pts -0.65%
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Anúncio