Na tarde deste domingo (5), um cachorro da raça vira-lata chamado Paçoca foi morto a tiros em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, após sair pelo portão aberto da casa de sua tutora. O autor do disparo, um policial aposentado, afirmou que agiu em defesa legítima, alegando que o animal representava risco à segurança de um grupo de pessoas, incluindo uma criança. A tutora do cachorro, no entanto, contesta a versão, dizendo que Paçoca era dócil e não oferecia perigo. O caso foi registrado pela Polícia Civil, que iniciou as investigações.
Cristina Batista, advogada e tutora do cachorro, relatou que tudo aconteceu em questão de minutos. Segundo ela, o portão de sua casa foi aberto para que seu cunhado entrasse com uma moto, permitindo que Paçoca e outro cachorro saíssem para a rua. “Pouco depois, ouvi o disparo. Quando cheguei, meu cachorro estava ensanguentado no asfalto. Ele era tranquilo e adorava brincar com os vizinhos”, afirmou emocionada.
O policial aposentado, por sua vez, declarou no boletim de ocorrência que estava estacionando seu carro na rua com o sogro, de 80 anos, e uma criança de um ano e dez meses, quando viu os dois cães correndo em direção ao grupo. Segundo ele, ao interpretar a situação como uma ameaça iminente, efetuou o tiro que atingiu Paçoca, matando-o no local.
Cristina, porém, contestou essa versão, afirmando que os cães não apresentavam comportamento agressivo. Ela também acusou o policial de debochar da situação e fazer ameaças, além de exigir que o corpo do cachorro fosse retirado da rua antes da chegada da polícia.
A Polícia Militar registrou a ocorrência, e o policial apresentou os documentos da arma utilizada, devidamente registrados. O caso foi encaminhado à Polícia Civil, que investigará as denúncias do incidente.
Fonte: O Tempo
Foto: Arquivo pessoal
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