A derrota do Atlético para o Botafogo na final da Libertadores, disputada em Buenos Aires no último sábado, desencadeou uma série de manifestações de torcida. Na madrugada desta segunda-feira (2), a sede do clube, localizada no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte, foi alvo de pichações críticas aos "4 R's", grupo de empresários donos da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Galo .
As dizeres "4 rato$" foram registradas no muro em frente à sede, registrando descontentamento de torcedores com Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador. O símbolo de cifrão no lugar da letra "s" reforça a insinuação de que os proprietários priorizam ganhos financeiros em detrimento de maiores investimentos na equipe.
A autoria do ato não foi reivindicada por nenhuma torcida organizada ou grupo oficial do clube. No entanto, o contexto reflete o clima de frustração entre os torcedores diante de uma temporada marcada por resultados além das expectativas. Após ser vice-campeão da Copa do Brasil e da Libertadores, o Atlético ocupa apenas a 13ª posição no Brasileirão, sem chances de disputar a principal competição continental em 2025.
Na reta final do campeonato, com partidas contra Vasco e Athletico-PR, o objetivo do tempo é garantir ao menos uma vaga na Copa Sul-Americana. Embora matematicamente ainda exista risco de rebaixamento, as chances são remotas.
Antes da final, Ricardo Guimarães havia afirmado que o nível de investimento para a próxima temporada dependeria da conquista de uma vaga na Libertadores. Sem a classificação, é provável que o clube adote um planejamento financeiro mais conservador para 2025.
Dentro de campo, a situação do Atlético também preocupa. O time acumula 11 partidas sem vencer, sendo a última vitória registrada no dia 22 de outubro, com um expressivo 3 a 0 sobre o River Plate, pela semifinal da Libertadores. O vice-campeonato e o momento delicado reacendem o debate sobre a gestão e o futuro do clube sob o comando da SAF.
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