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Vacinas contra o sarampo evitam cinco mortes por segundo, afirma OMS

Cobertura global ainda insuficiente mantém milhões de casos no radar, mas o Brasil celebra o status de país livre da doença

18/11/2024 às 12h00
Por: Redação
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Foto: Divulgação
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou que as vacinas contra o sarampo têm salvado, em média, cinco vidas por segundo desde o ano 2000. Mesmo com avanços significativos, o sarampo segue como uma preocupação global, com 10,3 milhões de casos registrados apenas em 2023 – um aumento de 20% em relação ao ano anterior. A OMS atribuiu esse crescimento à baixa cobertura vacinal, com mais de 22 milhões de crianças em todo o mundo que perderam a primeira dose do imunizante no ano passado.

Para evitar surtos, a entidade recomenda uma cobertura vacinal de pelo menos 95% das duas doses em todos os países. No entanto, os dados recentes apontam que apenas 83% das crianças no mundo receberam a primeira dose em 2023, enquanto a segunda atingiu apenas 74%. A tríplice viral, que previne o sarampo, a caxumba e a rubéola, é oferecida gratuitamente no Brasil, com aplicação recomendada aos 12 e 15 meses de idade.

Embora o sarampo seja evitável, a doença segue causando mortes e sequelas graves, especialmente entre crianças menores de cinco anos. Em 2023, aproximadamente 107,5 mil pessoas morreram em decorrência da doença, apesar de uma redução de 8% em relação ao ano anterior. Além disso, regiões como África e Sudeste Asiático enfrentaram surtos frequentes, com quase metade dos casos concentrados no continente africano.

No cenário brasileiro, o Ministério da Saúde celebrou a reconquista do status de país livre do sarampo, conferido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Após cinco anos sem o certificado, o Brasil não registra casos autóctones da doença desde junho de 2022. No entanto, dois casos importados foram confirmados em 2024, em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, provenientes da Inglaterra e do Paquistão, respectivamente.

A pasta reforça que o sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, capaz de causar complicações graves como pneumonia, encefalite e cegueira, mas destaca que a vacinação permanece como a forma mais eficaz de prevenção. O esforço contínuo para aumentar a cobertura vacinal no país e globalmente é essencial para combater o impacto devastador de uma doença que já deveria ser apenas uma lembrança histórica.

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