Autoridades dos Estados Unidos confirmaram neste sábado (16) o primeiro caso de infecção pela nova cepa de mpox (antigamente conhecida como varíola dos macacos) no país. O paciente, um viajante que esteve recentemente no leste da África, foi tratado no norte da Califórnia e permanece isolado em casa, com sintomas em melhora. Embora o risco para o público tenha sido classificado como baixo, o caso acendeu um alerta sobre a possibilidade de disseminação global do vírus.
A nova variante foi identificada pela primeira vez no leste do Congo no início deste ano, onde se dissemina principalmente por contato próximo, inclusive sexual. Desde então, mais de 3,1 mil casos foram registrados em países africanos como Burundi, Uganda e República Democrática do Congo, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A estimativa do CDC da África é de que pelo menos 3 milhões de vacinas sejam necessárias para conter o avanço no Congo, além de outras 7 milhões para proteger toda a África.
Casos dessa nova cepa também foram relatados em viajantes em países como Alemanha, Suécia, Índia, Tailândia, Zimbábue e Reino Unido, mas com pouca disseminação além dos casos iniciais. Nos Estados Unidos, equipes de saúde estão rastreando contatos próximos do paciente como medida de precaução.
O surto atual apresenta características diferentes do registrado em 2022, quando a doença se espalhou rapidamente em mais de 70 países, afetando principalmente homens gays e bissexuais. Desta vez, no epicentro africano, crianças com menos de 15 anos respondem por quase 70% das infecções e 85% das mortes.
A OMS declarou a mpox como uma emergência de saúde global em agosto deste ano, apontando a necessidade de vigilância e esforços coordenados para prevenir a disseminação. Enquanto autoridades monitoram de perto a situação, especialistas reforçam a urgência da vacinação e de medidas preventivas, principalmente em populações vulneráveis.
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