A Arena MRV, inaugurada em agosto do ano passado, pode enfrentar uma possível interdição após cenas de violência e desordem na final da Copa do Brasil entre Atlético Mineiro e Flamengo, onde o mineiro saiu derrotado por 1 a 0. Após os episódios registrados, A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) prepara uma denúncia que pode resultar não apenas na interdição do estádio, mas também na imposição de jogos do Atlético sem a presença de sua torcida.
A denúncia, divulgada inicialmente pelo GE e confirmada pela Itatiaia, inclui relatos de tumulto, depredação e até danos graves em profissionais que estiveram na Arena MRV. Entre os casos registrados, um fotógrafo foi atingido por uma bomba durante o conflito, quebrando dedos do pé e rompendo tendões, exigindo cirurgia. A Procuradoria do STJD apreciou os relatórios do delegado de partida e os boletins da Polícia Militar, além de reunir vídeos e imagens capturadas tanto pela imprensa quanto por torcedores presentes no estádio. A súmula do julgado Raphael Claus também será uma peça importante na análise dos acontecimentos e na fundamentação da denúncia.
As punições solicitadas pela Procuradoria baseiam-se em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva: o artigo 211, que exige que o local do evento esportivo ofereça estrutura segura e adequada, e o artigo 213, que trata da responsabilidade do clube em prevenir desordens, invasão de campo e lançamento de objetos. Para o Atlético, as consequências podem ser duras: a interdição temporária da Arena MRV até que as falhas de segurança sejam corrigidas, além de uma multa que pode variar de R$ 100 a R$ 100 mil. A depender do entendimento da Procuradoria sobre a gravidade das ocorrências, o Atlético ainda pode ser penalizado com a perda de mando de campo por até dez jogos, afetando diretamente a presença da torcida em competições organizadas pela CBF, como o Campeonato Brasileiro.
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