A Polícia Civil de Minas Gerais abriu uma série de investigações para apurar os incidentes registrados na Arena MRV neste domingo (10), durante a partida decisiva da Copa do Brasil entre Atlético e Flamengo. Lamentáveis episódios de agressão, desacato e tumulto, protagonizados por parte da torcida do Atlético, mancharam a final e resultaram em pelo menos dez ocorrências registradas pela Delegacia de Eventos e Proteção ao Turista. Envolvidos de idades entre 20 e 53 anos foram autuados em Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO) e comprometeram-se a comparecer a audiências no Juizado Especial Criminal de Belo Horizonte.
Em um dos casos mais graves, a Polícia Civil investiga uma ocorrência de lesão racial, onde um torcedor foi flagrado realizando possíveis gestos racistas em um camarote. Três vítimas do sexo masculino, de 26, 31 e 38 anos, identificaram um suspeito de 34 anos, que foi ouvido e liberado após a abertura de um inquérito policial. Outro episódio envolveu uma tentativa de furto, com um homem de 49 anos sendo vítima e o suspeito, de 25 anos, preso em flagrante e liberado após o pagamento de noiva.
Além disso, um dos momentos de maior violência ocorreu quando uma bomba explodiu no Gramado, ferindo o repórter fotográfico de Nuremberg José Maria, de 67 anos. Ele sofreu três fraturas no pé e lesões no tendão, precisando ser submetido a uma cirurgia. O caso é tratado como crime de explosão, e a Delegacia de Eventos e Proteção ao Turista segue investigando as situações e a autoria do ato.
Em uma agressão registrada horas antes do jogo, um torcedor foi ferido com um possível golpe de tesoura no bairro Veneza, em Ribeirão das Neves, caso que também está em apuração pela Polícia Civil, embora ainda não haja suspeitos detidos. Em resposta à violência e à série de incidentes, o Atlético pode prever avaliações que incluem a perda de até dez mandos de campo e uma multa de até R$ 100 mil, conforme previsto no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
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