O jogador Bruno Henrique, atacante do Flamengo e natural de Belo Horizonte, é alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga uma suposta manipulação de jogo para favorecer apostas esportivas. A ação, denominada “Sport-fixing”, foi deflagrada nesta terça-feira (5) e cumpre 12 mandatos de busca e apreensão em Belo Horizonte, Vespasiano, Lagoa Santa e Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana, além do Rio de Janeiro.
As investigações indicam que Bruno Henrique teria solicitado a aplicação de um cartão amarelo durante uma partida do Campeonato Brasileiro da Série A em 2023. A suspeita é de que a ação visava beneficiários familiares do jogador que fizeram apostas em casas de apostas esportivas — conhecida como bets —, prevendo exatamente essa proteção. A prática de manipulação de resultados para fins de apostas configura, segundo a PF, um crime contra a incerteza do resultado esportivo, previsto na Lei Geral do Esporte, com pena que pode variar de dois a seis anos de reclusão.
A operação “Sport-fixing” teve início a partir de informações fornecidas por empresas de apostas, conforme exigido pelos representantes legais das plataformas junto ao Ministério da Fazenda. Os dados encontrados revelaram uma movimentação de apostas atípica envolvendo parentes de Bruno Henrique, que apostaram especificamente na ocorrência do cartão amarelo para o jogador durante a partida investigada.
Segundo a Polícia Federal, a manipulação de resultados em eventos esportivos compromete a integridade do esporte e é considerada um ato grave, já que infringe a expectativa de um resultado incerto e justo, princípio fundamental no futebol. A Lei Geral do Esporte tipifica a manipulação de resultados como um crime que ameaça a confiança dos espectadores e o caráter competitivo das disputas.
A assessoria de imprensa de Bruno Henrique informou, em nota, que o jogador e seus representantes estão cientes da operação, mas optaram por não se pronunciar enquanto as investigações em curso.
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