Após a passagem do furacão Milton pela Flórida, o número de mortos subiu para 12, enquanto os moradores tentam se recuperar dos danos deixados pela tempestade. A maioria das mortes ocorreu na parte leste do estado, onde árvores caídas, inundações e emergências médicas não atendidas em tempo hábil contribuíram para o trágico saldo. Nesta sexta-feira (11/10), a população se mobiliza para remover árvores e linhas de energia derrubadas e limpar bairros completamente alagados.
Entre as vítimas, uma mulher de cerca de 70 anos foi encontrada morta em Tampa após ser atingida por um galho de árvore, de acordo com a polícia local. Além dessa morte, outras 11 foram confirmadas em diferentes condados: seis em St. Lucie, quatro em Volusia e uma em Citrus. As autoridades relataram que os óbitos ocorreram devido a tornados, árvores derrubadas e a dificuldades no atendimento médico de emergência.
O furacão Milton, embora não tenha causado a onda catastrófica de maré alta que se temia, deixou um rastro de destruição. Mais de 2,5 milhões de casas e estabelecimentos comerciais continuam sem eletricidade, com mais de 3,4 milhões de pontos afetados no auge da tempestade. As equipes de emergência trabalham incansavelmente para restaurar a rede elétrica, recorrendo a geradores temporários em algumas áreas.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos anunciou a reabertura de alguns portos comerciais na Flórida, Geórgia e Carolina do Sul, após a avaliação dos danos, embora diversos portos na Flórida ainda permaneçam fechados. As autoridades afirmaram que medidas de preparação, como normas rigorosas de construção e uma das maiores evacuações da história do estado, ajudaram a mitigar os impactos do furacão, que não atingiu as áreas mais densamente povoadas da baía de Tampa, poupando-as da maré prevista.
Desde que o furacão tocou a costa na quarta-feira à noite, mais de 990 pessoas foram resgatadas pelas autoridades. Milhares de socorristas e tropas da Guarda Nacional foram mobilizados para lidar com as inundações e os danos à infraestrutura, como rodovias e sistemas de abastecimento de água potável. A operação de limpeza, no entanto, pode se estender por semanas ou meses para muitas das regiões mais atingidas, especialmente aquelas que ainda estão se recuperando do furacão Helene, que devastou a área duas semanas antes, deixando 230 mortos.
Mín. 20° Máx. 27°