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Reservatórios de água na Grande BH caem 23% em um ano: seca prolongada acende alerta

Região Metropolitana de Belo Horizonte enfrenta redução significativa no volume de água disponível, com Belo Horizonte sem chuvas há mais de 130 dias. Copasa afirma que abastecimento está garantido, mas situação demanda atenção.

01/09/2024 às 12h00 Atualizada em 02/09/2024 às 14h44
Por: Redação
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Foto: Reprodução
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O nível dos reservatórios de água que abastecem a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) registrou uma queda preocupante de 23% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). A situação é ainda mais crítica se comparada a 2022, com uma redução total de 27%. Atualmente, o Sistema Paraopeba, que é responsável por parte significativa do abastecimento da região, opera com apenas 64,5% da sua capacidade, o equivalente a 178,1 milhões de metros cúbicos de água.

 

Entre os reservatórios que compõem o sistema, o de Vargem das Flores apresenta o cenário mais alarmante, com apenas 49% de sua capacidade total. Já o reservatório de Rio Manso opera com 63,5% de volume, enquanto o de Serra Azul tem 73,2%. Em 31 de agosto de 2023, o volume total dos reservatórios era de 231,8 milhões de metros cúbicos, o que destaca uma redução significativa comparada aos 244,8 milhões registrados na mesma data em 2022.

 

Apesar dessa redução expressiva nos níveis de água, a Copasa assegura que os reservatórios ainda possuem volumes suficientes para garantir o abastecimento da RMBH durante este período de estiagem prolongada. "A Copasa está monitorando o nível do Sistema Rio das Velhas e do Sistema Paraopeba e, até o momento, não houve impactos na captação de água para a Grande BH", afirmou a companhia em nota oficial.

 

A escassez de chuvas agrava ainda mais a situação, com Belo Horizonte enfrentando mais de 130 dias sem precipitações, e todo o mês de agosto passou sem nenhuma gota de chuva nos reservatórios do Sistema Paraopeba e no Rio das Velhas, que também desempenha papel crucial no abastecimento da região.

 

Com as previsões indicando baixa umidade do ar, a Defesa Civil Municipal emitiu um alerta válido até a próxima quarta-feira (4), indicando que a umidade relativa do ar pode atingir níveis tão baixos quanto 15%. Para se ter uma ideia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que esse índice fique acima de 60% para garantir condições mínimas de conforto e saúde.

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