O Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora da Conceição, um dos marcos históricos e religiosos mais importantes de Recife, foi palco de uma tragédia nesta sexta-feira (30), quando parte de seu teto desabou, resultando na morte de duas pessoas e ferindo outras 22. O incidente ocorreu apenas uma semana após a conclusão de reformas que incluíram a instalação de placas solares no local, levantando preocupações e questões sobre as possíveis causas do desabamento.
Com uma história que remonta a 1904, o santuário foi originalmente construído para abrigar uma imagem da Imaculada Conceição, trazida da França em celebração ao cinquentenário do dogma que leva seu nome. Sob a supervisão do bispo Dom Luís Raimundo Brito, uma capela em estilo gótico foi erguida no Morro da Conceição, sendo inaugurada em 1906. Ao longo dos anos, o santuário passou por diversas reformas e adaptações, que culminaram na adoção de um estilo arquitetônico moderno, com paredes de vidro que permitiam aos fiéis a contemplação da imagem da santa tanto de dentro quanto de fora do templo. Em 2015, a paróquia foi elevada à condição de santuário pelo arcebispo Dom Fernando Saburido, consolidando sua importância para a comunidade católica de Pernambuco.
O desabamento do teto abalou profundamente a população local, especialmente os devotos que frequentemente peregrinam ao santuário. A recente reforma, que incluiu a instalação de placas solares, está sendo investigada pela Defesa Civil de Recife, a fim de determinar se há alguma conexão entre as obras e o colapso da estrutura. Em nota, a Secretaria Executiva de Controle Urbano (Secon) esclareceu que a instalação das placas solares não exigia um licenciamento específico, mas apenas o registro de uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) pelo engenheiro responsável pelo projeto.
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