O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram nesta quarta-feira, 14 de agosto, os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2023. Apesar de a média nacional ter avançado e atingido a meta para o ensino médio, Minas Gerais ficou aquém das metas projetadas para o estado em todas as etapas de ensino.
Nos anos iniciais do ensino fundamental, Minas Gerais alcançou 6,3 pontos, abaixo da meta estadual de 6,7. Nos anos finais (6º ao 9º ano) do ensino fundamental, o estado registrou 4,9 pontos, e no ensino médio, 4,2 pontos, ficando abaixo das metas estabelecidas em todas as etapas.
Apesar disso, Minas Gerais está entre os sete estados com maiores notas nos anos iniciais (1º ao 5º ano) do ensino fundamental, ao lado de Paraná (6,7), Ceará (6,6), Santa Catarina (6,4), Distrito Federal (6,4), Espírito Santo (6,3) e Goiás (6,3).
Durante o evento de divulgação dos resultados, o ministro da Educação, Camilo Santana, destacou a importância do Ideb como principal indicador da educação básica no Brasil, afirmando que ele serve como um guia para a formulação de políticas públicas educacionais. "O Ideb orienta as decisões na educação básica, garantindo que as ações sejam direcionadas para atender às necessidades da população", afirmou.
Em nível nacional, o Brasil atingiu a meta de 6 pontos nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), mas ficou abaixo nas etapas seguintes: 5 pontos nos anos finais (6º ao 9º ano) e 4,3 pontos no ensino médio, ambos abaixo das metas estabelecidas. Segundo o MEC, os resultados do Ideb foram impactados pela pandemia de COVID-19.
Somente oito estados não atingiram a meta nos anos iniciais do ensino fundamental: Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Amapá, Roraima e Rondônia. Nos anos finais, 20 estados ficaram abaixo da meta, com apenas seis atingindo os objetivos: Alagoas, Pernambuco, Ceará, Piauí, Amazonas e Goiás. No ensino médio, nenhum estado atingiu a meta.
O Ideb avalia o desempenho dos alunos e a taxa de aprovação (fluxo escolar) com notas de 0 a 10. A pontuação é calculada com base nos dados do Censo Escolar e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), realizado a cada dois anos, utilizando resultados de testes padronizados em língua portuguesa e matemática.
Criado em 2007, o Ideb estabeleceu metas para cada estado, Distrito Federal e municípios, com resultados projetados para cada unidade escolar. O primeiro ciclo ocorreu entre 2007 e 2021.
Em janeiro de 2024, o Inep formou o Grupo Técnico Novo Ideb, com o objetivo de elaborar um estudo técnico para atualizar o índice e as metas futuras. "O Ideb continuará sendo nosso guia para avaliar o desenvolvimento da educação, mas ajustes poderão ser necessários para garantir a comparabilidade ao longo do tempo", afirmou o presidente do Inep, Manuel Palacios.
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