Após cerca de um ano da privatização do metrô em Belo Horizonte, a concessionária MetrôBH está prestes a iniciar um processo de demissão que afetará cerca de 230 funcionários contratados pela antiga administradora, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Segundo informações fornecidas pelo Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (SindiMetro), essas demissões sem justa causa estavam programadas para começar na última quinta-feira, 4 de abril.
A estimativa é a de que aproximadamente metade dos empregados da CBTU tenham deixado seus cargos através do Programa de Demissão Voluntária (PDV) e acordos consensuais oferecidos pela antiga administradora no último ano. Esse número representa uma redução significativa do quadro de funcionários concursados pela CBTU, que passou de 1.483 para 702 colaboradores.
O SindiMetro revelou que buscou estabelecer diálogo com a concessionária antes do início dos planos de demissão, porém, segundo o sindicato, o MetrôBH não demonstrou interesse em negociar, caracterizando a ação como "desleal e irresponsável".
Em resposta, o MetrôBH afirmou que o contrato de concessão previa estabilidade de um ano para os colaboradores da antiga CBTU-MG, a qual expirou em 23 de março de 2024. A empresa ressaltou que os planos de demissão voluntária e consensual foram oferecidos ao longo do primeiro ano de gestão, atendendo a solicitações dos próprios colaboradores.
Apesar do déficit em mão de obra resultante das demissões, a concessionária garantiu que a qualidade do serviço não será afetada. O MetrôBH afirmou ainda que o processo de demissão foi mediado por órgãos competentes e que foram assegurados benefícios sociais além do que é previsto pelas leis trabalhistas.
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