A greve dos professores e técnicos administrativos das universidades federais já se estende por 61 dias, afetando mais de 500 campi, incluindo institutos e escolas federais.
Após uma reunião sem acordo com o Ministério da Gestão e Inovação, os grevistas decidiram manter o movimento, diante da falta de avanços nas negociações.
Durante a reunião, o governo federal rejeitou a contraproposta das entidades representativas, que solicitaram um reajuste salarial de 17,85%, distribuído em parcelas: 3,69% em agosto deste ano, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em 2026. Em contrapartida, o Ministério da Gestão manteve sua proposta anterior, oferecendo 9% em 2025 e 3,5% em 2026.
Representantes do movimento grevista apontam que a ausência de reajuste ainda em 2024 é um dos principais obstáculos para se alcançar um acordo. "Precisamos de uma resposta imediata às nossas demandas. A falta de reajuste neste ano agrava ainda mais a situação dos servidores," afirmou Mariana Santos, porta-voz do sindicato dos técnicos administrativos.
Apesar da proposta de uma nova reunião de negociação pelo governo no dia 20 deste mês, os grevistas pressionam por um encontro já na próxima semana, visando acelerar o processo de negociação. "Cada dia de greve representa uma perda significativa para nossos alunos e para o funcionamento das universidades. Queremos uma solução rápida e justa," declarou José Almeida, representante dos professores.
Além disso, a greve ganhou novos adeptos nesta segunda-feira, com as universidades federais da Paraíba, Piauí e de Rondonópolis, no Mato Grosso, aderindo ao movimento. O cenário nas instituições de ensino superior do país segue incerto, com a paralisação impactando milhares de estudantes e atividades acadêmicas.
Mín. 17° Máx. 24°